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Em um contexto marcado por processos com maior integração tecnológica e preocupações voltadas para segurança da informação, vemos a Governança de TI como um importante pilar para garantir o alinhamento entre tomada de decisões e objetivos de médio e longo prazo das organizações.

Projetar e sustentar uma governança efetiva, que amplie a geração de valor e traga direcionamentos para as decisões relacionadas à TI, são desafios que muitas organizações ainda enfrentam principalmente quando falamos sobre a definição de direitos decisórios e da estrutura de responsabilidade.

Nesse sentido, como montar um modelo decisório de Governança de TI distribuindo os poderes de tomada de decisão ao longo da organização? No vídeo abaixo, apresentamos cinco modelos mais vistos nas organizações com base nas melhores práticas sobre o tema:

Caso prático: como definir arquétipos de Governança de TI para cada tipo de decisão?

Como visto no vídeo acima, existem alguns possíveis arquétipos de Governança de TI que revelam combinações de contribuintes e responsáveis para decisões relacionadas à TI. Na prática, portanto, como é possível definir arquétipos para cada tipo de decisão?

A seguir, compartilhamos um modelo para auxiliar nessa estruturação:

Entrevista com a diretoria para levantamento de aspectos estratégicos da empresa, bem como os princípios de TI.

Entrevista com os gerentes de negócio para levantamento das principais dores das áreas de negócio na priorização de projetos junto à TI.

Identificação de gaps e expectativas de visão de futuro.

Definição dos direitos decisórios da Governança de TI.

Fonte: Bridge & Co., 2022.

O modelo foi utilizado para auxiliar um cliente de médio porte, que possuía estrutura de TI enxuta e estratégias de outsourcing para compor a equipe, a estruturar os direitos decisórios relacionados ao uso de TI.

A fase de entrevistas foi utilizada para mapear os principais desafios das diretorias e gerências de negócio a respeito do tema na organização. Com base nos resultados, compartilhamos os principais pontos levantados:

Arquétipos de Governança de TI - bullets-07
  • Gestão de portfólio pouco efetiva com replanejamento de projetos e mudança de prioridade sem uma clara visão dos critérios do processo de tomada de decisão, ocasionando insatisfação das áreas de negócio e comprometimento da capacidade de TI.
Arquétipos de Governança de TI - bullets-09
  • Ausência de princípios de governança para decisões de TI, como make or buy, on premise ou cloud e Segurança da Informação.
  • Pouca automação de atividades rotineiras comprometendo a produtividade e a eficiência.
  • Alta dependência do apoio da TI para desenho técnico de soluções.

Considerando as características da organização e utilizando o modelo proposto, foi possível chegar a um arranjo de governança com os direitos decisórios definidos conforme abaixo:

Bridge & Co., 2022

A partir desse arranjo, definiu-se que:

  • Princípios de TI baseados no arquétipo de monarquia de negócio, isto é, sendo a TI responsável por contribuir com ideias, benchmarks e posicionamentos em relação aos princípios de TI e a diretoria executiva responsável por tomar decisão e aprová-los.
  • Arquitetura e infraestrutura de TI baseadas no arquétipo de monarquia de TI, no qual a própria TI deve ser responsável pelo levantamento e propostas de desenho da arquitetura e da infraestrutura de TI, sendo a decisão responsabilidade da diretoria de TI.
  • Necessidades do negócio baseadas no arquétipo de federalismo, isto é, todas as áreas, sejam de negócio ou TI, devem ser envolvidas para a tomada de decisão que favoreça os objetivos estratégicos da organização.
  • Investimentos de TI baseados no arquétipo de federalismo para contribuição, no qual todas as unidades devem participar da definição e do levantamento dos investimentos necessários, e no arquétipo monarquia de negócio para decisão, sendo a diretoria executiva responsável por definir o montante do orçamento CAPEX disponível para a TI.

Benefícios gerados a partir da definição dos direitos decisórios:

Como benefícios da definição dos direitos decisórios apresentada, compartilhamos:

O estabelecimento de um modelo descentralizado de Governança de TI para captura e análise das necessidades de negócio, alinhado com as melhores práticas do mercado.

Maior engajamento das áreas de negócio para a construção do portfólio de projetos.

Empoderamento das áreas de negócio em iniciativas de tecnologia, alinhada com diretrizes e padrões de TI.

Participação mais proativa da TI na identificação de oportunidades de melhorias com soluções de tecnologia.

O exemplo apresentado tem o intuito de elucidar como os modelos existentes podem ser aplicados na prática. No entanto, reforçamos que essa escolha deve considerar características específicas de cada organização, como porte, segmento de atuação e estratégia de negócio adotada, sendo importante abordar diferentes níveis hierárquicos e áreas para a obtenção de uma visão holística dos gaps e expectativas.

Compartilhe o seu desafio conosco! Entre em contato com um dos nossos especialistas para saber como a Bridge & Co. pode ajudar a sua organização.

Veja também:

Adriana Nardi é líder de projetos da Bridge & Co. É pós-graduada em Gestão de Empresas pela FGV com MBA em Qualidade, Gestão e Engenharia de Processos em andamento na PUC-RS. Atualmente, gerencia equipes com foco em Governança de TI, Gestão de Projetos e Processos de TI e Lei Geral de Proteção de Dados.
Thais Hessab é analista de processos e projetos na Bridge Operations. É formada em Engenharia Química pela UFF e certificada em ITIL 4. Atua em projetos de Gestão de Processos e Governança de TI em empresas de diferentes segmentos.
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