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A terceirização na TI estabeleceu-se como uma resposta frequente à pressão por redução de custos e teve seu crescimento acelerado com esse fim. Segundo pesquisa da IDG Business de 2015, 70% das empresas entrevistadas pretendiam diminuir custos por meio do uso de Outsourcing.

Ao longo dos últimos anos, no entanto, dois movimentos têm sido determinantes para que a terceirização seja utilizada além da contração de gastos:

I – Resultados pouco efetivos gerados pelo foco na redução de custos: a concentração excessiva em redução de custos resultou no desincentivo ao planejamento de longo prazo em muitas organizações, as quais acabaram escolhendo seus fornecedores prezando exclusivamente por refrear gastos. Como consequência, afetaram a equação de valor, diminuindo a percepção de qualidade dos serviços prestados.

II – A crescente necessidade de adaptação das organizações a transformações digitais: os novos desafios para TI, vindos da onda de transformação digital, exigem mudanças de mindset e abordagem, abrindo espaço para novas formas de uso da terceirização.

Como resultado, em 2017 já se percebiam empresas utilizando a terceirização de forma mais estratégica. No último estudo do International Data Corporation (IDC), em 2017, sobre as tendências de Sourcing no mercado europeu, foi possível observar outras motivações para realização de Outsourcing, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

A necessidade de ampliar a abordagem tradicional de Sourcing, que almeja prioritariamente a redução de custos, tem sido foco do modelo de Sourcing Adaptativo idealizado pelo Gartner, que recomenda distintas estratégias para atender adequadamente as atividades do dia a dia e das frentes mais inovadoras e centrais do negócio.

Especificamente sobre os desafios tecnológicos, em sua publicação sobre tendências de Sourcing para 2019 chamada “Leadership Vision for 2019: Sourcing and Vendor Management Leader”, Gartner mencionou quatro desafios que impactam na decisão de contratar terceiros:

Dessa forma, as organizações que têm lidado com esses desafios com maior facilidade são aquelas que encontraram sucesso na sua estratégia de terceirização para diferentes demandas, utilizando-se de fornecedores a partir de novas razões para terceirizar, como as apresentadas abaixo:

Estar atento a essas e outras possibilidades do uso de terceiros é importante para que os recursos sejam utilizados de maneira estratégica. A previsão, segundo IDC, é que até 2022 a terceirização seja usada cada vez mais em serviços de TI e de maneira mista: sem ser completamente terceirizado ou interno, fazendo o uso Outsourcing de forma a auxiliar a organização em seus objetivos estratégicos sem comprometer a operação.

Nesse contexto, os novos motivos para terceirização apresentam-se como uma alternativa ao modelo de foco em redução de custos, sendo uma oportunidade para impulsionar sua área de TI para as transformações digitais.

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Brenda Affeldt de Melo é graduada em Ciências Econômicas pela UFRGS, com parte dos estudos realizados na Universität Heidelberg e na Fulda University of Applied Sciences. Atua como consultora da Bridge Consulting em projetos de gestão de fornecedores e otimização de processos.

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