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Grandes esforços precisam ser realizados para que as organizações consigam sobreviver a uma crise econômica. Em artigo publicado pela Harvard Business Review, David Rhodes e Daniel Stelter, do Boston Consulting Group, afirmam que esses esforços devem garantir a proteção dos negócios existentes por meio da redução de custos, aumento da eficiência organizacional e controle minucioso da receita, o que geralmente representa um desafio significativo para gestores e empresários. Como forma de enfrentar esse desafio, algumas empresas, imersas em um cenário de incertezas, fazem uso da metodologia Six Sigma: uma abordagem estruturada, focada na identificação de causas raiz dos problemas e na consequente eliminação de defeitos dentro de uma organização.

Mais precisamente, a metodologia em questão visa à redução da variação do valor final de um processo a uma taxa de 3,4 falhas por milhão, correspondente a 99,99966% de perfeição. O Six Sigma atua, então, de forma a melhorar a confiabilidade dos processos, produtos e serviços, buscando oportunidades para reduzir custos com o auxílio de ferramentas estatísticas e da gestão da qualidade. Tal caráter quantitativo das ferramentas utilizadas confere à metodologia robustez em relação à justificativa dos planos de ação resultantes de sua aplicação na organização.

A abordagem da metodologia se consolidou na Motorola nos anos 1980 como forma de reduzir as falhas de seus produtos manufaturados. Desde então, empresas de diversos setores aplicaram com sucesso o Six Sigma, obtendo como resultado um aumento expressivo nos lucros, assim como elevação na satisfação dos clientes e redução na variação dos processos. Jack Welch, presidente da General Electric entre os anos de 1981 e 2001, descreveu o Six Sigma como “a mais importante iniciativa que a GE já empreendeu”, uma vez que a sua aplicação proporcionou à empresa economias da ordem de R$ 8 bilhões.

Para implementar o Six Sigma com sucesso e de forma a obter resultados expressivos, é necessário que todas as partes interessadas estejam devidamente informadas das metas e envolvidas nas tomadas de decisão e discussões que fazem parte da metodologia. A seguir, estão as cinco etapas que definem o ciclo DMAIC e compõem o processo de melhoria do Six Sigma:

A utilização do ciclo DMAIC em projetos de redução de custos com o auxílio Six Sigma faz parte da realidade da Bridge Consulting, que recomenda e adota a metodologia em seus clientes. Em um dos projetos de consultoria realizado, por exemplo, foi solicitada a realização de uma análise da utilização dos serviços de telefonia fixa e internet da organização, começando pelo entendimento da situação, passando pela identificação e propostas de melhorias, chegando à estruturação de um plano de ação para redução de custos.

Após a conclusão dos cinco passos críticos do Six Sigma, foi feita a reestruturação do processo de negociação de contratos e o cancelamento de serviços considerados redundantes para a organização, o que propiciou uma redução de custos significativa sem comprometimento da qualidade das entregas finais dos serviços analisados. Vale ressaltar que a implantação dessa metodologia ocorreu com o auxílio de ferramentas amplamente difundidas na gestão da qualidade, tais como fluxogramas, matrizes de priorização, gráfico de Pareto e diagrama de causa e efeito. A utilização dessas ferramentas da qualidade possibilitou a otimização dos serviços de telefonia e internet.

As experiências acumuladas pela Bridge, por meio de projetos dessa natureza, demonstram que as premissas do Six Sigma resultam em melhorias dos processos, serviços e produtos das organizações. Com isso, é alcançada uma elevada eficiência organizacional representada pela redução de custos, o que contribui para a superação de momentos de crise.

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