Há alguns anos, quando os conceitos de Business Intelligence (BI) e Analytics ainda surgiam nas empresas, era comum ver projetos terem suas soluções desenhadas e desenvolvidas considerando apenas os interesses individuais de uma unidade de negócio. No entanto, a falta de integração entre os variados projetos e o uso de bases de dados não padronizadas criam silos de informação, dificultando que os gestores tenham uma visão ponta a ponta para a tomada de decisão.
Conforme apontado por pesquisa realizada pelo Gartner no último ano com mais de duzentas organizações norte-americanas, à medida que aumenta o volume e a rapidez com que as informações chegam às empresas, o custo gerado pelo uso de dados de má qualidade também aumenta, sendo em média quinze milhões de dólares por ano.
Além do custo, segundo um artigo da Harvard Business Review (HBR), a má qualidade dos dados afeta diretamente demandas de Machine Learning e Inteligência Artificial (IA). O output dos modelos preditivos será tão bom quanto os dados de entrada do mesmo. Dessa forma, a busca pela maturidade em Analytics mostra-se não mais como uma questão estratégica de diferenciação, mas como uma necessidade vital para as organizações.
Diferente do que muitos imaginam, aumentar o nível de maturidade em BI e Analytics não está apenas relacionado à aquisição de novas tecnologias. É fundamental que a organização comece entendendo qual a sua situação atual no que diz respeito à Analytics para depois desenhar a situação futura desejada e, assim, definir um plano de ação para chegar onde se espera. Independente da tecnologia usada, o foco de todas as iniciativas de Analytics deve ser entregar valor ao negócio.
Considerando o modelo do Gartner sobre os cinco níveis crescentes de maturidade em Analytics, resumimos as principais características de empresas posicionadas em cada nível e trouxemos alguns exemplos de projetos realizados. A ideia central do modelo é que, conforme a organização avance nos níveis, sua infraestrutura de informação, processos, modelos de dados e aplicativos de análise sejam usados de forma mais estruturada e confiável para proporcionar um processo decisório mais assertivo.
No primeiro nível de maturidade, chamado pelo Gartner de Incipiente, a organização utiliza o BI e Analytics de forma pontual, apenas para demandas isoladas e ainda não possui processos ou métricas de desempenho padronizados para auxiliar na tomada de decisão. É comum empresas que estejam nesse nível não terem sua informação estruturada e utilizarem planilhas ou informações extraídas de bases pessoais.
No segundo nível, o Oportunista, é comum começarem a surgir iniciativas com o objetivo de otimizar processos e ajudar em tomadas de decisão táticas. Nesse momento, considerando que já existe alguma infraestrutura de informação, mas ainda descentralizada, a Bridge pode ajudar o cliente com a estruturação de dashboards que respondam às necessidades de uma área de negócio específica ou com a implantação de ferramentas que auxiliem no processo decisório.
O terceiro nível, chamado de Padronizado, é caracterizado por um movimento em direção ao compartilhamento de informação com o uso das mesmas bases e modelos de dados por toda a companhia, além da padronização de processos, serviços e tecnologias. Aqui, os padrões tecnológicos começam a ser vistos na infraestrutura da informação, mas o compartilhamento de dados e processos decisórios ainda não é feito de forma consistente. A Bridge foi responsável pela implantação de uma célula de BI em um de seus principais clientes. Essa célula teve como objetivo coletar e organizar os dados de diversas fontes para facilitar a tomada de decisão com a entrega de painéis executivos.
No nível quatro, denominado Empreendedor, a organização define sua estratégia de acordo com uma estrutura de métricas de desempenho diretamente relacionadas às metas corporativas. Nesta fase, todas as áreas utilizam os mesmos sistemas de Analytics, que, por sua vez, dão suporte aos processos de tomada de decisão ponta a ponta, integrando as diferentes unidades de negócio. A Bridge pode ajudar empresas que se encaixam nesse nível através da definição clara de requisitos, modelagem de dados e gestão ágil, além de prototipagem rápida.
No quinto e último nível, chamado de Transformador, a empresa passa a perceber a informação como ativo estratégico e a utilizar o Analytics como um meio para chegar aos objetivos da organização. A estrutura de métricas de desempenho se desdobra para fornecedores e parceiros externos, sendo comum o uso de plataformas tecnológicas que disponibilizem a informação em forma de análises preditivas e prescritivas para ajudar no processo decisório de toda a cadeia de valor, visando agilidade na resposta a mudanças de mercado. Dentro do segmento de varejo, a Bridge desenvolveu e implementou diversos algoritmos, entre eles: definição de estoque alvo em loja, necessidade de compra, trava de compra de produtos, críticas automáticas de S&OP (Sales and Operations Planning, em português, Planejamento de Vendas e Operações).
Com base nas características acima, 196 organizações responderam a uma avaliação de maturidade do Gartner no último ano e foi possível verificar que 60% das empresas se encaixaram em algum dos três primeiros níveis. Além disso, das 40% restantes, apenas 9% enquadraram-se no quinto nível.
Com o objetivo de ajudar executivos e gestores a estruturar e/ou aprimorar seu Analytics, a Bridge Consulting atua com excelência técnica e preza pela entrega de valor. Oferecemos serviços diferentes de acordo com a sua necessidade que vão desde a avaliação de maturidade, com base nas melhores práticas de mercado e benchmarks, passando pelo acompanhamento de todos os passos necessários para a implantação de uma estrutura de BI & BA, até o controle e manutenção de bancos de dados e elaboração de produtos analíticos. Entre em contato e conte conosco para ajudá-lo: contato@bridgeconsulting.com.br.
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Tereza Mendes é Engenheira de Produção graduada pelo CEFET-RJ e consultora da Bridge Consulting. Com experiência em gestão de projetos e mapeamento de processos, atualmente atua na área de automatização de processos para clientes varejistas.